terça-feira, 6 de novembro de 2007

Entrevista com M.S.., editor do Globo Online

O quê o internauta gosta de ler?
O internauta adora ler sobre sexo, celebridades, esportes (em especial o Flamengo), grandes tragédias, escandâlos (se envolver sexo, melhor), dicas de saúde e dicas de tecnologia. Hoje, por exemplo, uma das matérias mais lidas no site é a que explica o que é a TV Digital, seguida do Hamilton (piloto de Fórmula 1) dizendo que errou no GP do Brasil e de uma matéria sobre as chances do Flamengo ir para a Copa Libertadores.

O Globo Online começou em 1996 e passou por várias fases da internet brasileira. Quais foram as principais mudanças que você notou nas páginas dos jornais online nesses onze anos?
Aqui no Globo Online uma mudança que eu destacaria seria o desapego de dar primeiro a informação. No início, era uma briga para ver quem dava alguns segundos antes a informação. Hoje em dia, esses segundos não importam mais. É mais importante darmos bem a informação, contextualizada e com correção. Isso não quer dizer que vamos dar a notícia horas depois. Mas que é melhor perdermos alguns minutos, para dar da melhor maneira possível. E atualmente a grande mudança que vem acontecendo é a participação do leitor. Temos várias ferramentas para isso: pesquisas, comentários nas matérias e o Eu-repórter. Quase todas as matérias do site podem ser comentadas pelos leitores. E esses comentários podem depois virar uma matéria. Hoje em dia é comum a manchete do site ser algo como "Internautas defendem um Bope como do filme 'Tropa de Elite'", que nasceu dos comentários de leitores em uma determinada matéria. No caso do Eu-repórter, qualquer leitor pode mandar uma notícia, foto ou vídeo e ser publicado na capa do site. Uma das manchetes do site aqui, uma determinada vez, foi um incêndio no Santos Dumont. A notícia e a foto foram enviadas por um leitor.

A preferência dos leitores mudou muito na última década?
Mudou muito. E em grande parte pela popularização dos computadores e da internet. No início do Globo Online, era preciso ser um "iniciado", digamos assim, para acessar a internet. Hoje em dia, o número e a variedade de pessoas que acessam a internet é muito maior.

O Globo Online fechou recentemente grande parte de seu conteúdo para os leitores que não são assinantes do jornal. Vários outros portais e páginas brasileiros já tinham adotado a mesma política. O The New York Times, um dos principais jornais online da Internet, fez exatamente ao contrário: liberou todo o conteúdo para leitores cadastrados, que não precisam mais pagar nenhuma quantia por esse serviço. O objetivo é aumentar a quantidade de pageviews e, conseqüentemente, aumentar o ganho com publicidade da página. Na sua opinião, qual é a melhor conduta? Você acredita que o valor recebido pelas assinaturas compensa a diminuição de visitantes no site?
Na verdade, o Globo Online só fechou o acesso à reprodução do jornal impresso na internet. Todo o material produzido pela redação do Online, que hoje em dia tem cerca de 50 jornalistas e conta com o apoio da redação do Globo e do Extra, é gratuito. Quanto a conduta, qual será melhor? Abrir todo o conteúdo ou não? Na verdade isso ninguém sabe, todo mundo experimenta. Eu, particularmente, aposto mais na abertura total do conteúdo e no aumento da publicidade online. Mas para isso, é preciso que o mercado de publicidade online cresça mais.

Atualmente os jornais online estimulam cada vez mais a participação dos leitores. Os leitores podem comentar as notícias, escrever reportagens e, no caso específico do Globo Online, ainda podem se conhecer através dos “Globonliners” (um portal parecido com o Orkut). Outros jornais online brasileiros, como o JB Online e O Dia Online possuem ferramentas parecidas para estabelecer uma comunicação cada vez maior com o leitor. Você acha que isso pode diminuir ou atrapalhar o trabalho do jornalista e, conseqüentemente, diminuir a atenção do leitor?
Falei um pouco dessa interação mais acima e, realmente, acho que essa é a maior mudança nos jornais online nos últimos anos. Eu acho que a aproximação com o leitor só tem a ajudar o trabalho do jornalista. E aumentar o interesse do leitor. Para quem consome notícia é muito gratificante ver que ajudou na elaboração daquele material. E para o jornalista, um olhar de fora é fundamental para livrá-lo de vícios da profissão e ajudar a ver o cotidiano e as notícias com um olhar de gente

O que é necessário para captar a atenção do leitor na net?

Por que você parou para olhar esta notícia e o que isso tem a ver com jornalismo digital? Com o advento da internet como fonte de informação e a quantidade diária de acessos de usuários de todos os cantos do mundo (e, portanto, com interesses distintos), surgem cada vez mais indagações sobre como chamar a atenção deles no meio deste turbilhão multimídia que é a internet.

Como fazer um leitor ler uma matéria até o final (mesmo com aquele banner colorido piscando sem parar no topo da tela)? Em primeiro lugar, é importante disponibilizar recursos interessantes: vídeos, imagens, sons, animações. Isso evitará que a matéria seja chata e monótona, e dará ao internauta aquilo que ele deseja ao acessar a web: dinamismo. É importante também que a matéria não seja longa e exaustiva. A divisão em blocos com os pontos principais da matéria podem ajudar. As informações devem ser divididas por parágrafos, para não parecerem entulhadas, e serem lidas com mais facilidade.

Fotos são ótimas formas de chamar a atenção. Especialmente se elas estiverem em seqüência. De acordo com o assunto, pode ser interessante optar pelas mais coloridas, que chamarão a atenção do leitor. Para assuntos envolvendo números, gráficos ilustrativos podem ajudar bastante na compreensão do tema. Por fim, é importante que o título capte a atenção e o subtítulo diga o que o leitor encontrará na matéria. Uma coluna com informações adicionais, contendo links para outras matérias relacionadas pode ajudá-lo a se aprofundar no assunto.

por Larissa Helena Santos Gomes

Veja também a Entrevista com M.S., editor do Globo Online


O quê os leitores procuram na rede?

Os primeiros jornais brasileiros na internet já ultrapassaram os onze anos de idade. Na última década, a preferência dos leitores mudou muito. Se no final do século passado o acesso à web era para poucos, no novo milênio a quantidade de brasileiros conectados na grande rede só aumenta a cada dia. Se a internet cresceu e se popularizou, o mesmo aconteceu com os seus leitores.

Segundo o jornalista Sérgio Maggi (link no nome dele para a entrevista), editor do Globo Online, o interesse dos internautas mudou muito nos últimos anos: "No início do Globo Online, era preciso ser um 'iniciado' para usar a internet. Hoje em dia, o número e a variedade de pessoas que acessam a internet é muito maior. O público do Globo Online adora ler sobre sexo, celebridades, esportes...".

Para o jornalista e blogueiro Gustavo de Almeida, os internautas realmente estão cada vez mais interessados em temas populares: "Se publico algum texto no blog que fale sobre sexo, ou que simplesmente cita um nome como o da revista Playboy, pronto: a quantidade de acessos aumenta vertiginosamente. Acontece o mesmo quando falo sobre violência ou futebol. É impressionante como os temas populares são os que mais recebem pageviews".

Ainda assim, existem sempre os internautas interessados em ler outros assuntos na grande rede. A professora de matemática Cinira de Queiroz, 55 anos, conta que sempre procura textos sobre cultura, economia e política: "Não tenho mais tempo de ler o jornal impresso e sempre acesso aos jornais onlines. E procuro neles as mesmas seções que procurava no jornal de papel." Cinira também conta que há dez anos, quando começou a acessar a internet, quase não utilizava a rede para ler notícias: "De vez em quando eu até olhava algumas páginas dos jornais online, mas acabava fazendo mais pesquisas e conversando. Nem pensava em abandonar as publicações impressas. Atualmente, cancelei a minha assinatura de jornal porque leio tudo na internet".

Saiba mais: O quê é necessário para captar a atenção do leitor na net?

Entrevista: Sérgio M., editor do Globo Online

Link: Blog Santa Bárbara e Rebouças, do jornalista Gustavo de Almeida

Vídeo: A web 2.0

Blog: companheiro ou inimigo do jornalismo online?

A internet traz diversas novas possibilidades de comunicação, que atraem não só pela facilidade de pôr as idéias na web como pela de lê-las e enviá-las. Dentre estas inúmeras novas possibilidades encontram-se os blogs: espaços na rede em que o usuário pode compartilhar textos e imagens (em alguns, até mesmo vídeos) com toda a web.

Essa liberdade que o emissor encontra no blog traz à tona todo tipo de inclinação: desde poéticas e anti-governistas até ecológicas e jornalísticas. O cidadão comum descobriu que pode ser o que quiser na internet: as opções são inúmeras e publicar um texto, seja de protesto, seja de amor, está ficando cada vez mais fácil.

A linguagem dos blogs também é mais despojada, o que faz com que os números de acessos a páginas desse tipo cresça exponencialmente. A internet permite a disseminação dos mais variados estilos e nos blogs é possível encontrar jornalismo com os mais diversos enfoques - deixando mais opções para o leitor, que escolhe o blog pelo estilo, pelo enfoque, pelo layout, enfim, adapta-se o jornalismo ao internauta.

Contudo ainda há a questão dos meios "oficiais" de notícia. Eles ficarão afetados por esta identificação do leitor com o blog?
O leitor hoje, neste turbilhão de informação que é a internet ainda tem a necessidade de se sentir seguro quanto ao que está lendo: ter certeza de que aquilo não é boato. Quem se interessa por um assunto noticiado num blog acaba indo procurá-lo num site especializado em jornalismo, cuja credibilidade tranquiliza o leitor, que sempre tende a pesquisar quando um assunto lhe interessa.

Os blogs portanto são mais uma forma de expressão possiblilitada pela internet e, ao invés de competir com os sites especializados, interagem positivamente com eles.

Resultado de pesquisa realizada com alunos de jornalismo da UniverCidade

Entrevistados – 146 alunos do curso de jornalismo do Centro Universitário da Cidade

1 – Sexo
Feminino – 63%
Masculino – 37%

2 – Período que cursa?
4º Período – 22,6%
6º Período – 20,0%
7º Período – 19,1%
8º Período – 11,0%
5º Período – 10,2%
1º Período – 4,7%
2º Período – 7,0%
3º Período – 5,4%

3 – Idade
De 16 a 24 anos – 52%
De 25 a 35 anos – 39%
De 36 a 40 anos – 7%
Mais de 40 anos – 2%

4 – Ocupação
Estuda e trabalha – 65,7%
Só estuda – 34,3%

5 – Renda familiar
Até 5 salários mínimos – 19,9%
De 5 a 10 salários mínimos – 19,9%
De 10 a 20 salários mínimos – 31%
De 20 a 30 salários mínimos – 13,5%
Mais de 30 salários mínimos – 15,7%

6 – Bairro em que mora
Zona Sul – 68,5%
Zona Norte – 14,5%
Centro – 2 %
Zona Oeste – 11,6%
Fora do Rio – 3,4%

7 – Quantos aparelhos de TV você (ou sua família) tem em casa?
Um – 21%
Dois – 32%
Três – 26%
Mais de três – 21%

8 – Você (ou sua família) tem TV a cabo?
Sim – 84,2%
Não – 15,8%


9 – Quantos aparelhos de Rádio você (ou sua família) tem em casa?
Não tem Rádio – 2,7%
Um – 35,5%
Dois – 31%
Três – 17,8%
Mais de três – 13%

10 – Você (ou sua família) assina algum jornal impresso?
Sim – 58,2%
Não – 41,8%

Se sim, qual (is) jornal (is)?
- O Globo (55,4%)
- O Dia (2,05%)
- JB (10,2%)
- Folha de São Paulo (4,10%)
- Valor Econômico (2,05%)
- Lance (0,6%)
- Jornal do Comércio (0,6%)

11 – Você (ou sua família) assina alguma revista?
Sim – 41,8%
Não – 58,2%

Se sim, qual (is) revista (s)?
- Veja (28%)
- História Viva (0,6%)
- Carta Capital (1,2%)
- Caras (3,4%)
- Placar (1,2%)
- Piauí (0,6%)
- Galileu (0,6%)
- Nova (0,6%)
- Marie Claire (0,6%)
- Casa Cláudia (2,05%)
- Caros Amigos (0,6%)
- Época (8,2%)
- Isto é (2,05%)
- Super Interessante (2,05%)
- Elle (2,05%)
- Outros (7,5%)

12 – Tem computador em casa?
Sim – 97,3%
Não – 2,7%

Se sim, quantos?
Um – 62%
Dois – 31%
Três – 5,6%
Mais de três – 1,4%


13 – Seu computador de casa tem acesso à internet?
Sim – 93%
Não – 7%

Se sim, a sua conexão é?
Banda Larga – 72%
Discada – 12,6%
Wireless – 13,3%

14 – Em que local, com freqüência, você navega?
Casa – 73,2%
Trabalho – 37,6%
UniverCidade – 35%
Outros – 3,4%

15 – Com que freqüência navega?
Raramente – 2%
De 2 a 3 vezes na semana –10%
Mais de 4 vezes na semana – 15%
Todos os dias – 73%

16 – Em média quanto tempo você fica conectado?
Até 15 minutos – 3%
De 15 a 30 minutos – 10%
De 30 a 60 minutos – 27%
Mais de 60 minutos – 60%

17 – Você tem blog?
Sim – 20%
Não – 80%

18 – Você tem fotolog?
Sim – 18,5%
Não – 81,5%

19 – Você participa de fóruns?
Sim – 20%
Não – 80%

20 – Você participa de chats?
Sim – 18,5%
Não – 81,5%

21 – Você tem orkut?
Sim – 68%
Não – 32%

22 – O que a internet oferece de mais importante para você?
Pesquisa – 73%
E-mail – 69%
Notícias – 56%
Download – 30%
Grupo de discussão – 10,2%
Chat – 4,7%
Outros – 5,4%

23 – Você lê algum jornal on-line?
Sim – 88%
Não – 12%

(os mais citados)
- O Globo (67,8%)
- JB (19,8%)
- O Dia (15%)
- Folha de São Paulo (15%)

24 – Se você lê jornal on-line, que assuntos mais procura?
Cultura – 53%
Esporte – 27,3%
Economia – 21,2%
Política – 36,3%
Cidade – 53,4%
Internacional – 43,1%
Outros – 10,2%

25 – Se você lê jornal on-line, qual é o seu tempo médio de leitura?
Até 15 minutos – 19%
De 15 a 30 minutos – 47%
De 30 a 60 minutos – 27%
Mais de 60 minutos – 7%

26 – Depois que você passou a utilizar a internet, seus hábitos em relação à mídia mudaram?
Sim – 66,4%
Não – 33,6%

Se sim, o que mudou?
Assiste menos à TV – 48,5%
Lê menos jornal impresso – 45%
Lê menos revista impressa – 15,4%
Ouve menos rádio – 13,4%
Outros – 6,1%

27 – Quando você recebe uma notícia pela web, você procura informação mais detalhada em outros veículos?
Sim – 63,6%
Não – 36,4%

Se sim, em qual(is)?
Na própria Internet – 52,6%
Na televisão – 36,5%
No jornal – 48,3%
Na revista – 12,9%
No rádio – 12,9%


28 – O que mais chama a atenção em uma notícia on-line?
Título – 58,9%
Chamada – 21,9%
Conteúdo – 11,6%
Lead – 12,3%
Foto – 32,1%
Vídeo – 6,8%
Áudio – 2,7%

29 – De que forma as notícias deveriam ser escritas na web?
Introdução antes de ir direto à notícia – 17,8%
Informação mais importante no topo do texto – 52,7%
Informação organizada em blocos com link para clicar – 23,9%
Em forma linear, argumento se desenrola do início ao fim – 6,8%

30 – Que tipo de estrutura de texto um jornal deveria privilegiar ao planejar uma notícia na internet?
Texto objetivo – 77,3%
Texto conciso – 19,1%
Texto promocional – 3,4%

31 – Que tipo de recurso deve ser privilegiado para dar mais importância à informação?
Resumo da informação – 30,8%
Informações detalhadas – 45,2%
Recursos multimídia – 16,4%
Histórias completas – 13,06%

32 – Se você pudesse escolher, você trabalharia como jornalista...
Na TV – 43,1%
No jornal impresso – 26,7%
No rádio – 18,4%
Em assessoria de imprensa – 13,6%
Em revista – 15,7%
Na Internet – 10,9%

Confira: o site da Gazeta

Análise dos elementos gráficos e serviços do site A Gazeta do Povo
Por Larissa Helena e Yamei Wong

Apresentação em slides - colocada em forma de fotos, pra facilitar - no seguinte endereço:
http://s230.photobucket.com/albums/ee170/Larissahelenasantos/

(dica: aperte View as slide shows)

Por que é importante conhecer o tema?

A importância individual no meio digital e a importância do meio digital para o indivíduo.

Pierre Lévy é um filósofo doutorado em Sociologia e em Ciências da Informação e da Comunicação um estudioso da cibercultura (a cultura do mundo virtual) e das novas tecnologias.

Para Lévy, o conhecimento sobre o meio digital é muito importante porque a humanidade tende a valorizar cada vez mais a cooperação. Ele crê que a humanidade deseja se livrar dos padrões formais e hierárquicos, e rumar cada vez mais para uma democratização do saber, sendo a internet seu principal meio de difusão.

Para o filósofo, com esta democratização, surgirá uma nova inteligência, coletiva, em que o trabalho em conjunto será a chave para fazer da internet uma grande metrópole mundial, cujo resultado será a emancipação do ser humano – a inclusão de pessoas de todas as raças e nacionalidades num único espaço amplo o suficiente para abranger a todos.

Ele afirma ainda que o turbilhão de informações apresentado pela web nos faz sentir perdidos e incapazes de abranger toda a informação disponível, conhecer tudo o que é necessário e não perder o que é essencial. Assim, cada um deve fazer a própria seleção desta grande quantidade de informação disponível, e dar um sentido pessoal a estas informações.
Por isso cada um é muito importante na internet: o indivíduo não é apenas passivo, mas também ajuda a construir o meio e, nesta era da coletividade da inteligência, a percepção de cada um ajuda a construir um todo. A internet tem, portanto, duas faces: precisa do indivíduo enquanto o indivíduo precisa dela, seja para aprender, para trabalhar ou apenas para interagir.

Jornalismo Digital

Se no começo da internet o Jornalismo Digital podia ser resumido em matérias copiadas de jornais impressos digitadas em um computador e colocadas na grande rede, atualmente não é mais assim. Fazer reportagens para a internet deixou há muito tempo de ser um simples ato de copiar e colar.

Jornalismo Digital é, basicamente, o jornalismo feito especialmente para ser publicado na internet. Atualmente, o jornalismo digital engloba desde grandes jornais on-line, que mantém equipes gigantescas de repórteres para atualizar suas páginas quantas vezes forem necessárias por dia, até pequenos blogs jornalísticos com equipes reduzidas -- ou, até mesmo, de um repórter -- com matérias, crônicas e impressões sobre o dia-a-dia.

O Jornalismo Digital possui uma dinâmica que, por enquanto, nenhum outro meio jornalístico conseguiu alcançar. Além de ser possível disponibilizar informações em vários tipos de mídias diferentes, o jornalista pode atualizar a informação várias vezes durante o dia, além de corrigi-la. Se você escreve uma reportagem para um site, pode colocar o áudio do entrevistado, um vídeo mostrando algo interessante para a matéria além de links com outras informações que possam interessar o leitor. Aliás, falando nos leitores, o jornalismo digital possui uma interatividade com seu público de uma forma sem precedentes. Vários jornais online disponibilizam mecanismos que permitem que seus leitores comentem sobre as reportagens publicadas e, até mesmo, que o público escreva novas matérias.

Jornalismo no Brasil


A cara da internet no Brasil

No início, privilégio de poucos. Hoje, disponível a muitos, extremamente democrática e acessível de diversos locais. Esta imagem da internet parece corresponder à realidade? À primeira vista, parece que sim: de acordo com a associação brasileira de Lan-Houses, há mais de 3 mil lan-houses no país, sendo que só entram na conta as registradas. Entretanto, os números não confirmam a impressão.

De acordo com o CETIC (Centro de Estudo sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação), em pesquisa publicada em 2006, menos de metade da população brasileira já teve a oportunidade de estar diante de um computador e 54,35% dos brasileiros nunca chegou nem a mexer na máquina. O acesso à internet então é uma situação bem pior: 66,68% dos cidadãos brasileiros nunca entraram em uma página da internet. E, ao contrário do que se pode pensar num primeiro momento, isto não é sintoma exclusivo dos lugares mais afastados: no sudeste, em que as capitais são metropolitanas e muitas das cidades vizinhas são grandes, o percentual também é assustador - 63,11%.
Parte do mito é realidade: a internet é, sim, acessível de diversos locais. Dos que não acessam a internet, apenas 1,38% não o fizeram por não possuir a rede disponível em sua cidade. A internet está, portanto, presente na maioria das cidades brasileiras. Mas no quesito "motivo por que não acessa a internet", há mais um campo preocupante: 50,64% dos entrevistados responderam que não sabem acessar a internet. Vê-se na pesquisa mais um sintoma da exclusão digital que vivemos, que mais de metade dos habitantes não sabe utilizar a internet. A internet, portanto, é privilégio de poucos.

Dos que já usaram um computador, apenas 3,91% o fizeram em um lugar de uso público, gratuito, ou seja, a maioria das pessoas tem que pagar ou só consegue utilizar o equipamento no trabalho. Há projetos nos governos federal, estadual e municipal que prevêem a criação de centros comunitários que disponibilizariam computadores em escolas e para moradores de comunidades carentes: é o Proinfo. Entretanto, conforme dados do MEC, 5,5 milhões de estudantes do ensino fundamental têm acesso à internet na escola - muito pouco, considerando-se os 34 milhões de alunos que frequentam o módulo.

Mesmo daqueles que já utilizaram um computador, 59,42% não possuem habilidade necessária para fazê-lo no mercado de trabalho, e 37,47% nem ao menos possui e-mail. Hoje em dia, a maioria das empresas solicita um currículo enviado por e-mail, ou disponibiliza formulários de inscrição na internet o que faz da falta de e-mail não apenas um problema de exclusão digital, mas também um problema social.

números: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u18521.shtml
http://www.cetic.br/index.html
http://mecsrv04.mec.gov.br/reforma/Noticias_Detalhe.asp?Codigo=7140

O que é um blog?

Um blog, também conhecido como weblog ou blogue, é uma página na web de fácil atualização. Os textos publicados em um blog normalmente são organizados inversamente a ordem cronológica: os textos publicados recentemente ficam no alto da página.

Para publicar textos em um blog não é necessário conhecimento de HTML. Apesar dos blogs ficaram inicialmente conhecidos como diários e terem sido utilizados somente com esta função em um primeiro momento, atualmente eles são destinados a vários fins. Vários jornalistas possuem blogs em páginas de jornais online e existem vários blogs jornalísticos que não estão vinculados a nenhum grande portal. Recentemente surgiram os "pro-bloggers", ou blogueiros profissionais, autores que ficaram famosos com seus blogs e passaram a receber para escrever.

Alguns exemplos de blogs:

Blogs jornalístico hospedado em sites de jornais onlines:
- Blog do Ancelmo, do Ancelmo Góis, no Globo Online
- Digitais, de Marlos Mendes, no O Dia Online

Blogs jornalísticos não vinculados a grandes portais:
- Internetc, da Cora Ronái (jornalista do Globo)
- Santa Bárbara e Rebouças, do Gustavo de Almeida (jornalista do O Dia)

Blogs profissionais:
- Pensar enlouquece, pense nisso, do publicitário Alexandre Inagaki
- Guindaste, da jornalista Carol Costa

Blogs pessoais:
- Colagem, da designer Luciana Misura
- Minhas minhocas, da historiadora Lenora Pessôa


O americano Jonh Barger foi o primeiro a criar um blog, em 1997, o Robot Wisdom. Um dos primeiros blogs brasileiros foi o Internetc, da jornalista de tecnologia Cora Ronái, do jornal do O Globo, lançado em 2001 e que continua a ser atualizado. No ano de 1999 surgiram várias empresas especializadas em blogs. A mais popular delas foi o Blogger, que através de suas ferramentas, tornava fácil para leigos em HTML a publicação de textos na internet.

O que é este blog?

Este é o blog das alunas Larissa Helena e Marcele Fernandes, que estudam Jornalismo no Centro Universitário da Cidade(UniverCidade). Ele foi criado para a disciplina Produção Web, ministrada pelo professor Marcus Tavares. É um dos trabalhos necessários para a conclusão da disciplina.
O nosso público alvo são os estudantes de jornalismo em geral e o conteúdo do blog será basicamente sobre Jornalismo Digital. Esperamos que os textos aqui possam ajudá-los em alguma coisa.
Postaremos matérias e trabalhos produzidos por nós dentro e fora da sala de aula, sobre temas variados, mas sempre de alguma forma relacionados ao advento das tecnologias digitais e em como elas afetam a sociedade e, principalmente, o jornalista.
Sejam bem-vindos!